Uma Questão de Utopia
Há dois mil anos os cristãos acreditam a vinda de um Anticristo, que montará um governo mundial. Não será a volta de Cristo ainda. Antes pelo contrário, será um Anticristo – mau, perverso, dedicado ao mal que será destronado pela volta de Cristo.
Tomando esse mesmo tema, Maomé, que bebeu na Torá e no Novo Testamento muito do que alegou ter recebido diretamente de Alá, também predicou tal acontecimento – na criação de um califado universal, que acorreria com a vinda de um personagem que chamam de Mahdi, ou Mehdi. Esse Mehdi (e a pronúncia dessa palavra soa muito mal em português) estabeleceria tal califado universal, e subjugaria todas as nações à vontade de Alá. No pensamento de muitos cristãos, esse Mehdi seria o protótipo do Anticristo. Ou seja, não se descarda possibilidade de que isso venha acontecer: uma dominação total do Islã, de todo o mundo, pois o mundo ocidental produz em média uma criança por casal, ao passo que os muçulmanos produzem 10, e afirmam: “Vamos conquistar a Europa com o útero das nossas mulheres”. Essa dominação sem dúvida ocorrerá, dentro de duas ou três gerações.
Entre os cientistas, no começo do XX, apareceu idéia semelhante ao que aparentemente hoje ocorre, em East Anglia, quando engenheiros e cientistas criariam um sistema de controle universal, “para o bem da humanidade”, tudo muito parecido com as idéias de Auguste Comte.
Aliás, na década de 1940, Hollywood produziu um filme sobre um momento em que o mundo, destruído pela guerra, seria reconstruído por “engenheiros e cientistas”, os únicos ainda em existência com capacidade de raciocinar científicamente, que montariam um sistema de governo universal, “para o bem da humanidade”. Lembro-me bem daquele filme,que me impressionou muito. O mundo então buscava a paz, tendo inclusive aparecido na época o mito the Shangrilá, uma comunidade perfeita que existiria nos Himaláias, longe da loucura da Europa e do mundo mau. Aliás, algo semelhante já fora criado por Rudyard Kippling, na história do “Homem que queria ser rei”, sobre uma comunidade assim, perdida nos Himaláias, exceto que Kippling fazia grande gozação de tal comunidade, composta de pessoas primitivíssinas.
Sem falarmos, evidentemente do marxismo, que predica a criação de uma sociedade universal perfeita, através do comunismo, mas que terminou deliberadamente assassinando e exterminando 100 milhões de seres humanos, a fim de criar tal utopia, que jamais funcionou, em lugar algum no mundo, inclusive na União Soviética.
Cumpre descobrir que linha de pensamento seguem esses nobres cientistas do CRU, da Universidade de East Anglia: se é algo relacionado a idéias do passado, ou se é algo realmente novo.
Pergunto: haverá algo realmente novo, entre o céu e a terra, que já não tenha sido pensado ou estudado por alguém em épocas passadas?