Ama Llulla

Ama Llulla

Logo na chegada do porto fluvial de Iquitos, no Peru, num dos grandes armazéns ali, há um grande cartaz em língua quíchua, que reza: AMA SUA (não roube), AMA LLULLA (não minta), AMA MAKELLA (não seja preguiçoso). Boas recomendações feitas aos trabalhadores de fala quíchua. AMA, na mencionada língua, evidentemente quer dizer “não”.

Nas dez ou doze vezes que fui naquele porto, do Amazonas peruano, acompanhando expedições da Society Expeditions, de Seattle, Washington, imaginava se Lula teria conhecimento do significado do seu nome naquela língua indígena: LLULLA, mentira. Em face do que hora ocorre em nosso Pindorama, creio que a recomendação aos trabalhadores peruanos vêm muito a calhar.

AMA SUA, não roube! Que recomendação extraordinária, para os habitantes dessa nossa terra “onde todos roubam”, como já observara o Padre Vieira, em priscas eras coloniais. O povo já cansou de trabalhar para pagar impostos, que são desviados para os bolsos de funcionários públicos e políticos corruptos, mancomunados com empresários corruptores.

AMA LLULLA, não minta! LLULLA: mentira, engodo, falsidade, lorota, patranha, peta, e outros tantos significados registrados pelo Aurélio. Sem dúvida o termo está agora bem dentro de seu significado original. Quanta mentira anda por ai, empurrada goela abaixo dos brasileiros, que tão desavisadamente votaram no PT do Llulla, na última eleição presidencial. É preciso dar um basta nisso.

AMA MAKELLA, não seja preguiçoso! Essa recomendação vem a calhar muito bem nessa hora. É preciso pôr de lado a acomodação preguiçosa, tão típica do brasileiro, e botar essa corja para correr.

Assim, chega-se à conclusão de que as recomendações feitas aos índios peruanos é muito válida também no nosso Pindorama: AMA SUA, AMA LLULLA, AMA MAKELA.

David Gueiros Vieira

● PHD em História da América Latina, Mestre em história dos Estados Unidos da América, conferencista e um dos maiores especialistas brasileiros em História da Questão Religiosa do Brasil.

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