Brasil – Itália | Paradigmas da Nova Ordem Internacional no Pós-Guerra (1947-1973)

Brasil – Itália | Paradigmas da Nova Ordem Internacional no Pós-Guerra (1947-1973)

I – O TEMA NA HISTORIOGRAFIA DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Em junho de 1947, o governo dos Estados Unidos, no período TRUMAN, propiciou um programa geral de recuperação da Europa devastada pela guerra. Num discurso em Harvard o Secretário de Estado, general George Marshall, ofereceu a ajuda norte-americana, a todas as nações europeias tendo os países da Europa Ocidental estabelecido um plano unificado de recuperação, sob inspiração americana. O Congresso criou assim, após debates e discussões com a oposição conservadora, o European Cooperation Administration averbando cerca de U$S 13 bilhões. Esse “European Recovery PLAN” (ERP) popularmente conhecido como “Plano Marshall” foi um sucesso para a política externa norte-americana ampliando o seu mercado de exportações. Uma vez que o “Plano Marshall” fornecia créditos e não dinheiro, assegurando desta forma, que os dólares da ajuda seriam gastos nos Estados Unidos – O Plano promoveu um grande surto de prosperidade em tempo de paz da história norte-americana. De modo análogo, em 1949, os Estados Unidos propuseram um programa de ajuda técnica, o Ponto Quatro, destinado a conter a atração comunista, cedendo às nações subdesenvolvida, notadamente na América Latina, as benesses do progresso técnico-científico dos Estados Unidos. A ajuda norte-americana esteve assim, nos dois casos, vinculados ao auto interesse do país.

O mundo encaminhava-se, então, para o contexto da Guerra Fria cujas origens não foram contestadas seriamente pelos historiadores norte-americanos até os anos 60. Eles concordavam, em geral, que a agressividade da URSS ameaçava a estabilidade do mundo pós 2ª guerra. Um deles, Herbert Feirs, assessor do Departamento de Estado transformado em historiador, argumentou que uma América relutante assumiu a liderança do mundo livre ameaçado (Between War and Peace, 1960, End of Word II, 1960, From trust to terror 1970). Por outro lado, alguns historiados dissidentes colocaram incômodas perguntas sobre a diplomacia do dólar e a vinculação existente entre a política externa norte-americana, e às necessidades do seu capitalismo. Estabeleceram ainda considerações sobre a contenção ao comunismo haver sido a última manifestação da tradicional diplomacia de expansionismo econômico (Walter Lippmann The cold War, 1947), Hans Morgenthau In Defense of the National Inderest, (1951), William Mcneill América, Britaim and Rússia, 1953) e principalmente William A. Williams em América-Russian Relations, 1871 – 1947 (1952) norte-americano.

Aos planos da potência rival, Stalin respondeu com um maior controle sobre a Europa Oriental, eclodindo a meio caminho da discussão no Congresso norte-americano sobre o “Plano Marshall”, um golpe de estado na Tcheco Eslováquia colocando-se na órbita soviética. Denunciando os programas norte-americanos como imperialistas a liderança soviética organizou a Aliança de Varsóvia de Nações sob sua área de influência e o Cominform (Bureau Internacional Comunista) buscando a ortodoxia na zona.

No plano regional, da maior importância foi o Pacto do Rio de Janeiro, um tratado de segurança coletiva, assinado em 1947, por todas as nações americanas e a criação da Organização dos Estados Americanos (OAS) em 1948. A América Latina como um todo e o Brasil, que tão cortejado fora no período pré-segunda guerra mundial, ficou claramente secundário à Europa no tratamento norte-americano. Ou seja, por extensão, nem como reservatório de matérias primas, nem como mercado para os produtos fabricados, nem como terreno propício aos investimentos diretos, a América Latina representa um valor excepcional ou insubstituível. “(Raymond Aron-República Imperial p, 215). Ou ainda, de acordo com o mesmo autor referindo-se aos “magros” resultados da Aliança para o Progresso do Presidente Kennedy e a Nixon com relação a América Latina os Estados Unidos inclinam-se a um “benign (ou not so benign neglect).

Parte dessa assertiva está também presente em toda a obra da cientista político Carlos Escude (Realismo periférico, La declinacion Argentina, A Argentina Vs Lãs Grandes Potencias) de uma forma precisa, erudita própria de um estudo de relações internacionais, não jornalístico e direcionado ao caso argentino.

Vale, portanto, repensar alguns dos conceitos de Raymond Aron no seu citado “Republica Imperial – Os Estados Unidos no mundo do pós-guerra”, mencionando, ad exemplo… “haver sido o “Plano Marshall” e a Aliança para o Progresso um “símbolo dos dirigentes americanos para reviver uma segunda vez “their finest hour” e realizar o que, no fundo de sua alma, constitui um sonho nacional: levar outros povos a participrem de sua prosperidade e de sua civilização”. (p.250) ou a “excepcional generosidade que deu testemunho a diplomacia americana com referência à Europa Ocidental” (p.251).

A ação externa norte-americana no “terceiro mundo” e conseqüentemente no Brasil, só pode ser entendida via as suas decisões políticas, econômicas e militares planejadas pelo Estado e a ação de suas empresas entre economias desenvolvidas, de forma desigual, ponto de vista adotado por Sellers, May e Neil Mc Millen em uma Reavaliação da História dos Estados Unidos da J. Zahar Editor. É dentro dessa visão que se pode colocar a inserção favorável do Brasil numa das raras emergências internacionais deste século: a segunda guerra mundial. Como o Brasil, cedeu bases vitais para a batalha do Atlântico Norte e para a comunicação com o Norte da África o governo dos Estados Unidos colocou à disposição com o Norte da África o governo dos Estados Unidos colocou à disposição empréstimos em longo prazo no Export-Import Bank (1940) com um empréstimo de U$S 20 milhões para Nova Companhia Siderúrgica Nacional, estando aquele país “ansioso por ajudar a mobilização industrial de Vargas” (Skidmore, Brasil de Getúlio a Castelo, p.68).

Os programas de ajuda econômica, ao longo do tempo, estiveram cada vez mais ligados à consideração estratégica e políticas. Assim, aparentemente, na forma de donativos à Itália e a outros países europeus, pós-segunda grande guerra na execução do “Plano Marshall”, tratou-se de reparar, segundo alguns autores, um erro praticado no pós-1ª guerra com o risco dos empréstimos (cf. o mesmo Aron e Earl Mazo em “Nixon, em estudo político”).

Nossa proposta é também um revisionismo crítico que recoloque a questão da irrelevância na disputa em torno do sistema monetário internacional e a inconversibilidade do dólar. Ou, recolocando a questão, em termos do que aconteceu com o Brasil e a América Latina: se é muitíssimo mais relevante pagar os juros e reembolsar o principal de todos os empréstimos concedidos a título de ajuda financeira e ainda encontrar as divisas necessárias para a remessa de lucros dos investimentos diretos das firmas norte-americanas.

Mesmo sendo o Brasil de escasso interesse para os interesses norte-americanos exceto naquelas emergências internacionais que se incluem nos antecedentes imediatos do nosso projeto (1939-1945) e onde pretendemos concluí-lo 1973 – uma emergência menos – pretendemos observar a relatividade do fator estratégico e da “confiabilidade” tão de agrado de Escude e Skimore. Naturalmente, não pretendemos cair na tentação intelectual de depreciar a incidência de privilégios concedidos a Itália e à Europa Ocidental porque os Estados Unidos não puderam impor uma política econômica à Europa Ocidental sob a ameaça de retirarem as suas forças de OTAN.

O tema na história comparada é inédito, embora não faltem análises aprofundadas de per si nas historiografias italiana e brasileira, ale de outras que oferecem subsídios ao tema (Albônico, Bonani, Santoro, Amado Cervo) inclusos, dentre outros, na bibliografia em anexo.

 II – METODOLOGIA, DESDOBRAMENTOS DA PESQUISA E OBJETIVOS

 Para melhor apreensão dos objetivos e desdobramentos do projeto, aqui proposto, privilegiamos o intercâmbio internacional, então vigente entre os três autores identificados. Assim, num primeiro momento, consideramos a distinção das relações econômico-políticas entre os Estados Unidos e a Itália de um lado e entre Estados Unidos e o Brasil do outro. Isto será examinado a partir de que a diplomacia explícita ou consentida de Washington propôs-se, objetivamente, à contenção e limitação das zonas sobre as quais manteve a sua influência, distante da zona sob a esfera de Moscou ou dos países sobre a sua órbita. Num segundo momento, a ajuda internacional norte-americana dentro da sua zona de influência foi exercida, via canais privilegiados, mesmo se adotando critérios semelhantes. Assim, auferiremos os resultados obtidos da ação da ajuda norte-americana a esses dois países, Brasil e Itália, em duas diferentes regiões do globo. Há, sem dúvida, um contraste no tratamento que lhes foi dispensado no pós-guerra. No caso brasileiro, os antecedentes de sua  cooptação passam pelo desejo da administração “New Deal”, de Roosevelt de fornecer substância econômica aos aspectos políticos da Boa Vizinhança. Posteriormente, essa atitude sofreu modificações ligadas a prioridades dos Estados Unidos e à própria ausência do poder de barganha da diplomacia brasileira no contexto do pós-guerra.

Num terceiro momento, de fato uma das nossas preocupações centrais, examinaremos o processo de transição da política italiana fascista para a política exterior democrática, sua renúncia ao expansionismo, ao nacionalismo exacerbado sob a orquestração dos Estados Unidos. A “docilidade política” italiana obedeceu, por ditames de sua política interna, a um modelo similar de cooperação política que criticara na diplomacia brasileira dos anos 30. As influências dos seus partidos de esquerda PCI, PSI, foram eliminados da política exterior para atender aos reclamos norte-americanos. A realidade da Itália – peça de ordem – sob os ditames da potência hegemônica merece acurado estudo: a sua entrada no grupo dos sete grandes é prova de uma articulação que se revelou positiva na sua inserção internacional e do seu esforço no campo da autonomia econômica no contexto da integração europeia.

Do outro lado, temos a posição de frustração brasileira de expectativa no pós-guerra quanto à cooperação norte-americana. Já em 1942, a participação norte-americana no desenvolvimento brasileiro aumentara, com o envio de uma missão dirigida por Moris Coke. Esta missão fez o primeiro levantamento sistemático dos recursos do país, mas, no pós-guerra as suas recomendações para a assistência americana não foram seguidas. O contexto internacional, no seu conjunto se modificara, o Brasil continuava “confiável”, mas, como no restante da América Latina sua importância limitava-se a espaço estratégico de reserva econômica e de contenção do comunismo, sob a tutela de Washington.

Dispostos os dados do problema, eles nada têm em comum embora nas suas razões simbólicas à ajuda ao desenvolvimento estivesse vinculada a política exterior dos Estados Unidos. O Brasil não poderia expressar autonomia no contexto latino americano como sucedia a Itália na unificação europeia. Auferir a importância e as consequências dessas diferenças é a nossa preocupação central.

A partir dessas premissas básicas são nossos objetivos:

  1. Estabelecer as diferenças e semelhanças entre o tratamento dispensado pelos Estados Unidos ao Brasil e a Itália, dentro do período proposto.
  2. Examinar a relatividade da importância da posição geográfica estratégica dos países dentro e fora dos momentos de emergência internacional. Veja-se como esta importância foi vital ao Brasil e contrabalançada, no caso italiano, pois apesar da importância do Mediterrâneo, seu relevo montanhoso e dividido não se prestava às grandes ofensivas da guerra de movimento.
  3. Verificar a importância da industrialização brasileira, endossada por Vargas, uma imposição ditatorial e não oriunda do setor urbano. A inspiração, advinda do “New Deal” em que medida foi também influenciada, enquanto teoria, pelas doutrinas corporativistas e fascistas da Europa?
  4. Analisar até que ponto utilizou a ajuda norte-americana para ajudar-se a si mesma, em função da riqueza dos seus recursos humanos, e até que ponto isto esteve ausente no caso brasileiro
  5. Estabelecer o grau de prioridades norte-americanas no pós-guerra em função da potencialidade do:
  6. a) expansionismo capitalista;
  7. b) contenção ao comunismo.

Como respondem Brasil e Itália a essas estratégias, pontos básicos da política externa norte-americana?

  1. Verificar como os antecedentes e a atuação da Itália e do Brasil na segunda grande guerra puderam gerar atitudes diversas por parte dos Estados Unidos no pós-guerra. Veja-se o desempenho pouco brilhante das tropas italianas e o armistício secreto com Badoglio e a participação efetiva e posição de alinhamento do Brasil face aos Estados Unidos.

 DESENVOLVIMENTO

  1. Da Documentação

Após leitura da parte da bibliografia selecionada, notadamente os trabalhos de Carlos Escude, elaboramos fichas e notas ordenando-os de modo a que fossem úteis na confecção dos capítulos do trabalho.

Naturalmente não nos limitamos a leitura da bibliografia pois a documentação existente é de suma importância para o enriquecimento do tema. Assim sendo, a partir de reflexões sobre a influência  e formação dos Estados Brasileiro e Argentino, nossas pesquisas dirigiam-se a arquivos europeus para identificar fontes na França e na Itália.

Na França o Ministére dês Affaires étrangères (Direction dês Arquives ét de la Documentacion) é dividido em quatro setores, dos quais o único que nos foi possível visitar foi a Divisão Histórica, que coordena e organiza as consultas de documentos com data anterior a 30 anos.

De qualquer forma, a lei francesa estabelece em período de 60 anos para informações que sejam consideradas ligadas à segurança do Estado e à defesa nacional e de cerca de 100 anos para documentação de serviço público que contenha informações de caráter privado. A correspondência política, depois de 1918, estruturada em ordem alfabética-geográfica contém fascículos onde os países são ordenados cronologicamente. Em virtude da periodização do nosso trabalho pouco aproveitamos de seu conteúdo. A coleção de documentos diplomáticos franceses de 1923-1939 e de 1945 (36 volumes) está vedada. Identificamos a bibliografia em apêndice do “Etat general dês inventaires dês archives diplomatiques” compreendendo a correspondência política; correspondência consular e comercial e Memória e Documento.

A pesquisa nos arquivos italianos resultou mais frutífera pois além do Arquivo do Estado e várias bibliotecas especializadas como a SIOI – Biblioteca da ONU, exclusivamente de periódicos, publicações e documentos internacionais; o Instituto da Enciclopédia Italiana e as Fundações Instituto Gramsci, Lélio e Lisli Basso e Luigi Sturzo. Note-se que o Instituto Gramsci possui também uma hemeroteca com coleções completas de revistas políticas e um arquivo de notável interesse histórico.

Por sua vez, a Fundação Lélio e Lisli – Basso Issoco é um Instituto de pesquisa criado em 1970 e possui uma hemeroteca com periódicos alemães, franceses e ingleses e um Arquivo de caráter internacional. O Instituto Luigi Sturzo conta, igualmente com hemeroteca com publicações estrangeiras e um arquivo com documentação que abrange a crise do Estado Liberal, o advento do fascismo e os recentes anos da reconstrução.

Além disso, identificamos excelentes centros de estudos latino-americanos como o IPALMO (Instituto per la Relazione trae C’Itália e i paese Del l’África, América Latina e Médio Oriente), que coopera com os países em desenvolvimento, atuando nos projetos de cooperação própria e de uma excelente biblioteca e arquivo com a coleção “Actos Y Documentos” com textos referentes às mesas redondas, convênios internacionais e às atividades dos grupos de estudo.

Elencamos ainda o Centro Interdisciplinar di Studi Latino-americano, o Instituto de Estudos Latino-americano de Milão, o Instituto Ítalo-latino-americano (ILLA) e o Centro de Estudos Latino-americano, todos com biblioteca e documentação disponível.

Do ponto de vista bibliográfico estabelecemos prioridades para a leitura já selecionada dentro de critérios voltados para os dois interesses centrais do tema: (Brasil-Argentina) e (política das grandes potências). Deste ponto de vista a biblioteca do Ministério das Relações Exteriores é uma preciosidade. Nela se encontram resultados de pesquisas e livros recém-publicados de especialistas norte-americanos na América Latina, notadamente o Brasil.

  1. O Tema

Estabelecemos o período pós-segunda guerra mundial como nosso marco inicial por ser este o momento principal nos assuntos de política internacional em todo o mundo e a base da estrutura política-econômica-social contemporânea.

A paz subsequente à segunda guerra mundial, não significou, como sabemos, apaziguamento e ausência de violência para o mundo. Em muitas nações, as insurreições, a guerra civil, os processos de descolonização, a queda de ditaduras – à parte as tensões nas relações entre Estados Unidos e União Soviética e outros integrantes da necessária e temporária aliança de conveniência entre aliados – demonstraram, superadas as ocasiões circunstanciais, a existência de hostilidades.

Enquanto Grécia e Ásia mergulharam em guerra civil e as nações, fora e dentro do hemisfério Ocidental, tocadas pela guerra, ansiavam por reconstrução, os Estados Unidos emergiam como a mais forte potência mundial, plenos da consciência do que isto representava. Como ponto chave de sua programação política objetivaram, essencialmente e, sem restrições, reorganizar o mundo com base em operações e proveito comercial de toda natureza que lhes fosse de qualquer modo útil. Implícito estava o conceito de uma ordem universal constituída de nações capitalistas estáveis e que, politicamente, gozassem e retribuíssem a confiança que neles depositasse a primeira potência. Os Estados Unidos idealizavam, pois, um mundo que permitisse o acesso às matérias primas essenciais e dificultasse o acesso das esquerdas ao poder, tudo estabelecido sob o controle e subordinação, marcados pelo conservadorismo, dos países de pouco peso político mundial.

Sem dúvida, tão claro objetivo limitaria o desenvolvimento e aceitaria o seletismo das atividades de independência de países como a Argentina e então, vigiando-se o desenvolvimento do terceiro mundo, suas veleidades de industrialização e quaisquer manifestações que pudessem entrar em conflito com a linha de demarcação pré-existente: a do capitalismo norte-americano. Isto não significa, contudo, que tão precisa e objetiva visão implicasse em que os Estados Unidos, desejosos de uma ordem econômica específica soubessem o como criar os pressupostos políticos para esta construção.

Lembre-se que, já a primeira guerra mundial marcara o enfraquecimento da ordem tradicional do capitalismo europeu com a manifestação visível do surgimento da URSS e, ainda mais importante, criara, juntamente com a depressão que a ela seguiu, um nacionalismo na economia marcado por restrições aos investimentos e ao comércio. Washington percebeu esse tipo de nacionalismo como contraproducente às finalidades do seu macro plano o que, de certa maneira, condicionara a sua aproximação com Londres e a sua aliança econômica com o bloco da libra esterlina. Por sua vez, diante da guerra, Londres desconfiava do plano americano para a reorganização do comércio e da economia mundial, vendo nele um fenômeno concreto da expansão norte-americana dentro e um propalado e expresso internacionalismo. Esta desconfiança traduzia o próprio receio das grandes potências e de sua ingerência sobre regiões como o continente sul-americano onde fora marcante as relações com a Argentina.

De qualquer forma, aos Estados Unidos interessava, o patrocínio de um ressurgir europeu, com ou sem a presença da Alemanha, mensurar e estabelecer a importância de sei próprio papel naquele continente. Esse interesse incluía um capitalismo mundial sob a égide norte-americano – dentro de um sistema de poder unificado e sem divisões que, como dantes, permitisse a figura dos RIVAIS AUTÔNOMOS. Justifica-se, também, pela necessidade de evitar que a Europa ocidental pudesse vir a tornar-se um ponto crítico nesta questão básica para os Estados Unidos e ponto inegociável de sua política exterior.

Deste objetivo, núcleo da ordem mundial desejada e, dos esforços empregados para consegui-lo, pode-se partir para o entendimento da nova e complexa articulação, modelada pelos Estados Unidos, entre outros países. A principal dificuldade a ser enfrentada era a força do conservadorismo e do nacionalismo e a própria organização das esquerdas, apesar do desinteresse de um URSS fortalecida haver preenchido o vácuo de poder existente deixado por um momento de debilidade do CAPITALISMO.

As contradições sociais e de classe já existentes e que, um regime político como o fascismo e outros regimes fortes nele inspirados, reprimiram por um período, intensificaram-se em vários países do mundo subdesenvolvido, gerando a intensificação dos conflitos e dando força a atitudes populistas de seus líderes. Todavia, o mais preocupante para os Estados Unidos era, naquele momento, o teatro europeu e a real ameaçam de radicalização dos movimentos de trabalhadores.

De fato, o desejo norte-americano de reformar o capitalismo europeu ou de preservá-lo no imediato, como sistema, postergando a necessidade de integrá-lo, constitui um importante capítulo do período pós-bélico. Curiosamente, os norte-americanos viram-se, às voltas, com a restauração da classe dirigente anterior à segunda guerra tanto na Germânia como no Japão.

A esquerda europeia compreendia para eles não só os comunistas mas todos os que integravam os quadros da social-democracia. Fora dessa restrição ideológica estava o movimento operário cujas greves, atividade política específica com a consequente ação de massa e organização de conselhos, representavam uma ameaça autêntica à nova ordem. Este era o elemento, de fato, opositor que lutava – muito mais os comunistas a quem muitas vezes se opunham – por reais mudanças sociais na Europa.

O estabelecimento da URSS como potência e a própria situação pós-segunda guerra mundial favoreceram o surgimento de uma forte esquerda, não só na Europa, mas ainda na Ásia. Washington, contudo pareceu não perceber nessa transição uma imprevisível descentralização dificultando os seus objetivos de controle mundial. As dúvidas sobre a possibilidade da obtenção do poder pelas esquerdas e a ansiedade a respeito do futuro da URSS – só tão recentemente resolvida – repousava sobre uma crise diplomática envolvendo essa potência contra o Ocidente. Nesse jogo de poder, vale lembrar, dois pontos: o papel que os Estados Unidos traçaram para si mesmos no período pós-bélico e uma certa moderação e conservadorismo da própria URSS durante a guerra. Isto permitiu os conselhos moderadores nos partidos comunistas e o preenchimento do vazio permitido pelo capitalismo. É dentro dessa ideia do desempenho de um papel no mundo que se pode interpretar o desvio no solucionar de questões pelos canais da negociação e do convencionalismo diplomático. Os Estados Unidos associaram a URSS à esquerda como sinônimos, principalmente, pelo receio da exportação do bolchevismo – expressão do século XX – e da revolução.

De fato, os esforços para dirigir os destinos do mundo não socialista parecia ignorar as falhas e a decadência do capitalismo, bem como as constantes tensões entre aliados. Ficava mais fácil atribuir ao bolchevismo as deficiências, o que, a partir de então, norteou superficiais justificativas para as falhas da política externa norte-americana.

No contexto deste trabalho não pode estar ausente a expansão, influência e persecução dos Estados Unidos quanto ao seu interesse nacional. Interligam-se assim os problemas da URSS e das esquerdas, aos da Europa, do capitalismo ocidental e as repercussões no continente sul-americano.

Desde a primeira grande guerra haviam sido modificadas, embora superficialmente, as aproximações políticas na guerra convencional entre os Estados, numa aliança internacional unindo classes e interesses obrigando-os a uma ação uníssona para que sobrevivessem como entidade nacional. Assim, os assuntos internacionais ligavam-se a uma dinâmica própria e interna. A intervenção das grandes potências permitiu, contudo, impor limites às mudanças desejadas, destruindo ainda o pluralismo e as diversidades nos Estados Nacionais. Dessa forma, condicionaram-se as mudanças a uma zona de acontecimentos econômicos e políticos globais. Essa internacionalização aprofundada, cada vez mais, ao longo do tempo, correspondeu às tentativas de reforma do capitalismo e às perspectivas de enfraquecimento e derrota das esquerdas.

Washington liderou as mudanças, graças ao seu potencial militar, tecnológico e econômico. A aplicação deste potencial das suas fronteiras, dependeu dos próprios resultados de sua política interna. A forma de escolha de estratégia militar e política, fez da primeira – o sonho de equivalência tecnológica – um polo de atração utilizado de várias maneiras na supressão das veleidades ideológicas do que se configurou denominar “terceiro mundo”.

Aliás, só circunstancialmente, aqui, utilizaremos as expressões “terceiro mundo” e “guerra fria” por entendê-las como uma simplificação grosseira que enfoca erradamente ambas as realidades que pretende abranger. Nos dois casos, o seu contexto, muito limitado, pretende restringir realidades mais amplas. A experiência pós-segunda guerra mundial representou novos conflitos, fome, miséria, morte, independentemente das relações entre o mundo ocidental e a URSS. As transformações econômicas e sociais da parte menos desenvolvida do globo representam mais do que um exercício das noções de “guerra fria”, suas intervenções violências e movimentos de repressão como as de 64 no Brasil, os excessos nas Malvinas argentinas e a deposição de Allende no Chile. Representaram a política econômica internacional norte-americana, o desempenho de seu papel global e os interesses de expansão do seu capitalismo, os quais levaram à exigências estruturais próprias. Mais ainda, há que se levar em conta o papel que cada país procurou desempenhar dentro do contexto regional que integra, concretamente expresso, não só no campo do conflito, mas no mundo real das negociações diplomáticas.

A diplomacia norte-americana, no período pós-bélico, centrou em torno das suas relações com a URSS a sua política externa básica na certeza de que da derrota da força dinâmica das esquerdas, dependeria a realização dos seus objetivos político-econômicos.

Na verdade, a aproximação norte-americana com a URSS deu-se num âmbito amplo, num mundo que permitiu a aplicação da força influenciadora de Washington e a consequente expansão dos objetivos preconizados. A situação de debilidade da Europa pós-segunda grande guerra, era diversa daquela primeira guerra quando os Estados Unidos nela puderam encontrar força e associações. Não mais existia o liberalismo clássico europeu e os Estados Unidos estavam livres para pretender traçar o destino mundial. A única grande dificuldade era a ascensão da esquerda que, por muito tempo, escapara do controle conservador do capitalismo europeu tradicional.

As intervenções norte-americana, diretas ou indiretas, passaram a ser uma agressividade constante. Essa “americanização” do globo, tinha o escopo de fornecer ajuda econômica e militar às forças conservadoras e sufocar qualquer possibilidade de sucesso das esquerdas. À salvo dessa estratégia, ficou a Europa ocidental, espaço da URSS e as aproximações da América Latina, por sua vez, considerada um espaço natural norte-americano no pós-segunda grande guerra foram desencorajadas direta ou indiretamente nas suas expectativas ante o gigante americano.

Dentro deste quadro de tendências, deu-se as tentativas de inserção do Brasil e Argentina, um dos objetivos deste estudo.

 III – Do levantamento documental

Colocamos em forma de anexo a listagem de documentação pertinente ao projeto ainda por selecionar e, na sua maior parte, por consultar. Esclarecemos que ela, em parte, não atende, especificamente às necessidades da periodização, mas é vital para a compreensão global do tema e para a construção do capítulo Antecedentes e das Conclusões.

Acrescentamos ainda, listagem da bibliografia consultada no SUO (Societa ‘Italiana per la Organizzazione internazionale) – Centro de Documentazione, relativa a revistas internacionais com vários artigos pertinentes ao tema do projeto (Anexo 3).

Veja-se também no Anexo 4, a bibliografia consultada no IPALMO (Instituto per la relazioni tra l’Itália e I paesi dell ‘África, América Latina e Médio Oriente.

Quanto à bibliografia inicial indicada, selecionamos, consultamos e elencamos o que denominaremos bibliografia de apóio, (Anexo 5).

Como anexo I enunciamos o levantamento documental feito no ARCHIVIO CENTRALE DELLO STATO de toda documentação referente ao Brasil dentro do tema proposto.

 Ministero dell’Interno

I – Ufficio cifra

2510.00 – Telegrami em arrivo …………………………………………………………………………….. 1871 – 1961

2511.00 – Telegrami in partenza……………………………………………………………………………. 1871 – 1961

II – Atti de Gabinetto  –  fascicoli correnti

2535.0 – 1944 – 46

2535.03 – 1948

2535.04 – 1949

2535.05 – 1950 – 52

2535.06 – 1953 – 56

2535.07 – 1957 – 60

III – Atti de Gabinetto – fascicoli permanenti

2540.44 – 1944 – 1968

IV – Ministero desse Finanze

5140.00  Paesi esteri…………………………………………………………………………………………… 1945 – 1971

V – Ministero della Difesa

6355.00 – Informazioni su industrie…………………………………………………………………………. 1961 – 1972

Port Securi ty Section

Verbali di interrogatori de……………………………………………………………………………………………… 1944

Stranieri Manifesti elettorali Politici…………………………………………………………………………. 1946 – 1958

Elezioni politiche………………………………………………………………………………………………………….. 1952

Manifesti di propaganda………………………………………………………………………………………………… 1953

  1. Archivio fotográfico italiano (documenti microfilmati)

Documenti microfilmati dal Joint Allied Intelligence Agency……………………………………………………. 49/19

Documentazione fotográfica Contemporanee…………………………………………………………….. 1948 – 1963

  1. Ministero Affari Esteri

Secretaria Generale (Archivio riservato)…………………………………………………………………… 1943 – 1947

  1. Administrazione Fiduciaria

Deltec di Washington…………………………………………………………………………………………… 1945 – 1967

Gabinete: Presidenza del Congiglio dei Ministri…………………………………………………………… 1948 – 1963

Archivi Italiani Materiali Archivistico presso l’agencia alleata di ricerche diplomatiche…………. 1.12.10100/5

ARCHIVES (LES) INTERNACIONALES

Publicazione II……………………………………………………………………………………………………. 7.36492/13

Federalist Europei………………………………………………………………………………………………. 1948 – 1950

Unione Federalista Europea X – Presidenza Del Consiglio dei Ministri…………………………………… 143.4627

  1. Segretari Particolare Del Duce

Carteggio riservato……………………………………………………………………………………….. 1943 – 1945 – 50

Carteggio ordinário……………………………………………………………………………………….. 1943 – 1945 – 83

Atti oliversi……………………………………………………………………………………………………….. 1943 – 1945

  1. Ministero degli Affari Esteri

Uffici……………………………………………………………………………………………………………….. 1943 – 1945

XI – Raccolte Varie

A.

Esposizione universale di Roma……………………………………………………………………………… 1936 – 1945

Affari diversi – Serie Nera…………………………………………………………………………………….. 1922 – 1961

Archivio Storico XI A Serie Diverse Ambasciata tedesca in Roma……………………………………. 1908 – 1978

  1. Comando Anglo-Americano

Materiale daí comandi alleati…………………………………………………………………………………. 1935 – 1944

In Europa e in Giappone Francia – Notiziaro ……………………………………………………………… 1940 – 1943

Comandi Militari tedeschi in Itália …………………………………………………………………………… 1943 – 1945

VI – Ministero Marina Mercantile

Uffici………………………………………………………………………………………………………………………… 1949

VII – Archivi Privati

Bertone Giovanni Batista………………………………………………………………………………………. 1929 – 1967

Cassandro Giovanni…………………………………………………………………………………………….. 1956 – 1967

Mussolini Benito ………………………………………………………………………………………………… 1915 – 1947

(Collezione Susmel)

Orlando Vittorio Emanuele……………………………………………………………………………………. 1901 – 1955

Aforza Carlo …………………………………………………………………………………………………….. 1913 – 1952

VIII – Archivi Fascisti

  1. Segreteria Particolare Del Duce

Carteggio Reservato …………………………………………………………………………………………… 1922 – 1943

Bollettini e Informazioni……………………………………………………………………………………….. 1940 – 1943

Carteggio Ordinário

Badoglio…………………………………………………………………………………………………………………….. 49/5

Protocilli…………………………………………………………………………………………………………… 1939 – 1943

B.Patito Nazionale Fascista

Senatori e Consiglieri Nazionale……………………………………………………………………………… 1881 – 1943

Attivita Del Duce…………………………………………………………………………………………………. 1927 – 1943

II Guerra Mondiale……………………………………………………………………………………………………… 49/17

Sicurezza Nacionali……………………………………………………………………………………….. 1923 – 1943 – 49

IX – Republica Sociale Italiana

Registro generale……………………………………………………………………………………………….. 1944 – 1945

Plano Marshall1948 – 50

Prima nave Del Programa Arrivo…………………………………………………………………… 19 – 17 13659/3910

Aiuti internazionale……………………………………………………………………………………. 19 – 17 13659/3920

Cooperazione Econômica Internacionale…………………………………………………………. 19 – 17 13659/3917

1951 – 1954

Paesi meno progrediti – assistenza tecni cacontributo……………………………………………. 15.1.14626 –  40

Difesa Comunita Europea……………………………………………………………………………………………. 118/11

Ambasciatore d’Italia a Washington Finanziamento della Reforma Agrária…………………………. 31.1.45230

1948 – 50

Accordi culturale com paesi Stranieri Min. Esteri……………………………………….. 28.7.1951 n 32/4885/557

Accordi economici fra e’Italia e la Francia Schema di decreto Accordo Culturale

com gli Stati Uniti………………………………………………………………………………………………. 10.32 16842

Accordo Integrativo Del trattato di Amicizia, comercio e navigazione tra

E’Italia e gli Stati Unit………………………………………………………………………………………….. 10.32 22362

Germânia

Notizie Varie……………………………………………………………………………………………………. 15.2 n 42526

170 Riservato…………………………………………………………………………………………………… 15.2 n 42526

1955 – 1958

Concentrazone Européia Democrática……………………………………………………………………… 1-6-1-73170

Unione Europea – Parigi (11-05-55)………………………………………………………………………… 10.32 30154

Unione Europea Occidentale…………………………………………………………………………………. 10.32 58091

Unione Latina……………………………………………………………………………………………………… 15.1.44738

Unione Nazone Unite – Consiglio………………………………………………………………………… 15.1.14626/554

Econômico e sociale

1959 – 1961

Conferenza europea per i dirigenti Della industria ………………………………………………………. 14.3 – 3435

Conferenza internazionale – pericole guerra atômica in Stresa……………………………………… 14.3 n 14738

Conferenza Triangulare: Piano di…………………………………………………………………………. 9.2 – 37229/1

Sviluppo econômico…………………………………………………………………………………………… (1955 -1958)

1959 – 1962

Assemblea Constituente Europea…………………………………………………………………………….. 15.1 39583

Stati Uniti d’Europa Assemblea Nazione Unite (ONU)………………………………………………… 15.1 14626/66

Parigi – Convenzione – proprietá……………………………………………………………….. 10.32  n  441437(384)

Sicurezza nel campo enerfia Nucleore…………………………………………………………… 10.32 n 87559 – 474

conprotocollo firmato a Parigi………………………………………………………………………………….. (20.12.57)

Responsabilita civili nel setre energia nucleare, firmata a ……………………….. 29.7.60 10.32 n 62085 – 417

Ratifica esecuzione protocolo……………………………………………………………………… 10.32 n 33396 – 365

Adizionale n3 – accordo momentario europeo europeo Protocolo applicazione provisiria………………….. 5-8

1955, firmato il 15.1.1960 Ratifica essecuzione accordi institutivi………………………….. 10.32 n 59981 – 414

e’organizzazione per la cooperazione econômica e svuluppo (OCED) firmati a…………………….. 14.12.1960

Patto Atlantico

Datti statistici……………………………………………………………………………………………….. 15.1 – 35721/30

ARGENTINA – documentos

Partenza da Roma dele séc. Ruiz Guinazu – nuovo ministro digli Esteri im Argentina ……….. 4 – 12 – 13183

Gabinete –

Fonte : Presidenza – Consiglio Ministri ………………………………………………………….. 1940 – 41 – A – BIS

ARGENTINA

Accordi ítalo – argentini……………………………………………………………………………………. 15.5 n 118.870

stipulazioni

Argentina – Brasil – Uruguai…………………………………………………………………………… I.6.I N 36435/100

Gran Bretanha

Argentina –Assoc.Progressivista internazionale 19.14 122369

Roma

Rifornimento grano……………………………………………………………………………………………. 3.11 n 12668

Incoricato d’affari…………………………………………………………………………………………………. 155 19201

Informazioni richeste dal l’Ambasciasta Argentina……………………………………………………. 155 n 39455/2

in Itália

Importazione alimentari…………………………………………………………………………………………. 155.56279

Emigrazione………………………………………………………………………………………………….. 72.10219/I.102

Missione dell’On Stefano Jacini…………………………………………………………………………….. 27 n 95446/2

Nave Smola – visita…………………………………………………………………………………………… 152.n 117670

Nomina: consolato italiano…………………………………………………………………………………….. 13.1 45900

Republica Perón…………………………………………………………………………………………….. 19.14 13073.26

Ambacciata inchiesta……………………………………………………………………………………….. 16-5 34631.16

Sblocco beni italiani…………………………………………………………………………………………. 151 – n 52785

Scambio prodotti……………………………………………………………………………………………….. 155 – 56279

Decreto Legislativo gratuita dei transpoti………………………………………………………… 19.14 – 13073/26-2

ferroviari per i Commestibili donati Soccorsial l’Italia……………………………………………. 19.14 n 13073/26

Transferimento dei prisioneri italiani……………………………………………………………………….. 113 – 10477

Transmissione de Buenos Aires…………………………………………………………………………… 15.2 – 109054

Adesion allá convensione Ginebra………………………………………………………………………….. 15.5 – 33520

Emigrazione Italiana in Argentina…………………………………………………………………………… 151 n 13078

Accordo culturale…………………………………………………………………………………….. 10.32 n 37627 – 386

Accordo – uso pacifico dell’energia nucleare…………………………………………………………… 10.32 n 37249

Aprovazione esecuzione scambio…………………………………………………………………. 10.32 n 66390 – 432

Ratifica assicurazione sociale……………………………………………………………………… 10.32 n 73385 – 446

Notiziario e Accordo Culturale…………………………………………………………………………………. 15.5 39455

Progetto finanziamento – Chocon,Cerros,Colorados…………………………………………………… 15.5 39455/3

Centenário Unitá D’Itália…………………………………………………………………………. 14.2 – 61806/6 – 13- 2

Mostra – Centro di Azione Latina…………………………………………………………………………… 32.9/93966.1

Visita im Itália Del Presidente Argentino……………………………………………………………………. 4.11/36832

  1. BRASIL – documentos

Washington – Reunião per propaganda de guerra (G9 37787)

Brasile – Missão italiana per eclipse Del sole – 1940

Rottura delle vulazioni Diplomativhe com I’Italia – G 7/1 – 372 76

Provvedimenti legislativi brasiliani in mateira di spionaggio – G 36-1 57265

Gabinete

Fonte : Presidenza – Consiglio Ministri

1940 – 41 – A – BIS

BRASIL

Associazione Italiana Amici Del Brasile (1948-50)………………………………………………………… 32.9 28872

Ambasciata d’Itália di Rio de Janeiro14.1 70530.1…………………………………………………….. 15.5 3651412

Emigrazione: Ratifica esecuzione Accordo ……………………………………………….. (9-12-60) 10.32 n 57435

Centro culturale ítalo – brasiliano…………………………………………………………………………….. 51 n 18776

  1. Archivio Centrale dello Stato

Inventário Mussolini

Colezione Susmel……………………………………………………………………………………………………….. 48/38

Autografi varie…………………………………………………………………………………………………………… 48/83

Autografi telegrammi…………………………………………………………………………………………………… 48/83

Autografi memorie……………………………………………………………………………………………………… 48/84

Carte della valigia………………………………………………………………………………………………………. 48/85

Collezione Susmel

B.1 Inv. 48/40 Carte Del Bono Busta 1

1) Pratiche risevatissime Del Comando in Capo della Divisione Navale Oceania giornali di navigazioni in América Laina Inchiesta Savina (1907-1908)

Fasc. 2 – Varie – Carte Dino Grandi – Busta 9

1) Fascicolo di corrispondenza in arrivo e in partenza Del Ministério, A.I.(1941)

1942 – II – Discorsi

2.1.2 Discorso allá Câmera MRF

  1. Studiando meglio de elezione – Ritaglio da II Mattino 5.d

Comunicati: Inv. 48

4.419 – Comunicato Del titolo : “Fatti All ‘interno e all’estero”[aut} pp.2 19226

10.1 1932 – Discorsi

10.1.4 – Discorso pronunciato in occasione dell’inaugurazione Del monumento ad Anita Garibaldi (covi. Aut) pp.14

10.1.7 – All – Minstero degli Affari Esteri Dattiloscritto sullo Rivoluzione Bolscevican Appunto per il Gabinetto – pp.3 1922     OTT.14

1935 – XIII

13.1

13.1.3 – Discorso alla Camera nel 20º gravio dell’Assedio Economico {aut} pp.7 1935 dic 7

1936

14.6 Vari

14.6.2 – Testo dell’instervista concessa al “Daily Telegraph” {aut} (2) pp.5 1936 mag.26

16.6 Vari

16.7 16.6.3 – Itedeschie il 48 – 1939

17.2 Messaggi e Proclami

17.2.1- Ordine Del giorrino in occasione Del ritorno dei legionari dallo Spagno,

dattiloscritto pp………………………………………………………………………………………………………… 4 1939

15.5 Prefazioni

15.5.1- Prefazioni a “Itália e França davanti allá Storia” – 1939gir 10

18 1940 XVIII

18.1.1- Discorso per là en trata in guerra dell’Italia {aut}(4)pp.8 1940 gir.10

22 Atti vari della Segretaria Particolare Del Dull – apule 45

22.1 – Confereze Stampa (1) Febbraio – 17 pule 1945

22.1.1- Relazione sulla stampa cattolica nella Província di Miliano Del 26-31

gennaio 1945 XXIII (2) p.1 1945 feb.

Obs. Elenca mais 10 conferenza

22.1.2- Retagli da vari giornali pp (02-109) 1945

Inv. 48/85

Carte de la Valiglia de Mussolini

18  Lettera di tal villa della Societá della Nazione,pp.3(40 – 1942 – SET

Informazione sul mov. Antifacista all éstero.

ANEXO II

Listagem de documentação

Brasil

Busta 08…………………………………………………………………………………………………. Fasc. Nº 01 (1935)

Fasc. …………………………………………………………………………………………………………….. Nº 02 (1936)

Busta 10…………………………………………………………………………………………… Fasc. Nº 03 – set (1935)

Argentina

Busta 19 ………………………………………………………………………………… Fasc. Verbali di colloqui (31 out)

Busta 20 …………………………………………………………………………………………………….. Fasc. 01 (1935)

Brasil

Gab.26 ………………………………………………………………………………………….. Busta 26  Fasc. 01 (1937)

Argentina

Gab.28…………………………………………………………………………… Busta 28Fasc. 02 (1937 – 25 Febbraio)

Brasil

Gab.29 – Busta 29…………………………………………………………… Fasc. 01 (1938 – 27;29;junho – 6 julho)

rgentina

Gab. 29 – Busta 29 …………………………………………………………………………. Fasc. 03 (1940 – 11 aprile)

Brasil

Gab. 31 – Busta 31………………………………………………………………. Fasc. 01 (1936 – coloqui) – 24 junho

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc.p/1ª autorização)

Brasil

Busta nº 01 (1931)

Busta nº 03 (1932)

Busta nº 11 (1937)

Busta nº 15 (1938)

Busta nº 16 (1938)

Busta nº 25 (1941)

Busta nº 27 (1942)

Busta nº 28 (1942)

Ministero Degli Affari Esteri (Doc.p/2ª autorização)

Brasil

Busta nº 39 (1944)

Busta nº 30 (1945)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc.p/ 1ª autorização)

Argentina

Busta nº 27 (1940)

Busta nº 30 (1941)

Busta nº 31 (1941)

Busta nº 33 (1942)

Busta nº 34 (1942)

Busta nº 35 (1942)

Busta nº 37 (1943)

Busta nº 38 (1943)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 2ª autorização)

Argentina

Busta nº 39 (1944)

Busta nº 40 (1944)

Busta nº 41 (1945)

Busta nº 43 (1945)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização)

França

Busta nº 47 (1941)

Busta nº 48 (1941)

Busta nº 51 (1942)

Busta nº 54 (1942)

Busta nº 56 (1942)

Busta nº 57 (1942)

Busta nº 58 (1942)

Busta nº 69 (1943)

Busta nº 70 (1943)

Busta nº 71 (1943)

Busta nº 80 (1943)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 2ª autorização)

França

Busta nº 81 (1944)

Busta nº 90 (1945)

Busta nº 91 (1945)

Busta nº 93 (1945)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização

Gran Bretagna

Busta nº 41 (1940)

Busta nº 42 (1941)

Busta nº 44 (1941)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 2ª autorização)

Gran Bretagne

Busta nº 52 (1945)

Busta nº 54 (1945)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização)

Germânia

Busta nº 75 (1943)

Ministeri Degli Affari esteri (Doc. p/ 2ª autorização)

Germânia

Busta nº 78 (1944)

Busta nº 79 (1944)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização)

U.S.A.

Busta nº 07 (1931 – 1932)

Busta nº 48 (1938)

Busta nº 55 (1939)

Busta nº 66 (1940)

Busta nº 71 (1941)

Busta nº 72 (1941)

Busta nº 76 (1941)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 2ª autorização)

U.S.A.

Busta nº 90 (1944)

Busta nº 99 (1945)

Busta nº 100 (1945)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização)

U.R.S.S.

Busta nº 39 (1942)

Ministeri Degli Affari Estero (Doc. p/ 2ª autorização)

U.R.S.S.

Busta nº 43 (1944)

Busta nº 45 (1945)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização)

Itália

Busta nº 50 (1938)

Busta nº 51 (1938)

Busta nº 65 (1939)

Busta nº 76 (1941)

Busta nº 78 (1941)

Busta nº 84 (1942)

Busta nº 85 (1942)

Busta nº 86 (1942)

Busta nº 88 (1943)

Busta nº 91 (1943)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização)

Itália

Busta nº 98 (1944)

Busta nº 108 (1945)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 1ª autorização)

Japão

Busta nº 32 (1942)

Busta nº 33 (1942)

Ministeri Degli Affari Esteri (Doc. p/ 2ª autorização)

Giapone

Busta nº 38 (1944/45)

ANEXO III

SIOI

  1. La Comunitá Internazionale – Trimestral – Societá italiana per l’organizzazione internazionale

Roma – Via S.Marco 3 – c / c postale nº 334 6800

  1. Politique internacionale

11, rue du Bois olé Boulobne, 75116 Paris

tel(1) 45-00-15-26. Telecopie (1) 4500 3879

  1. Revue Tiers-monde – Trimestral – L’Institut d’Etude du Développement économique et social de L’universsité de Paris I – Presses Universitaires de France – Depártment dês Revues

14, Avenue du Bois-de-e’Epine, B.P.90,91003 Evry Cedex – Tel (1) 60778205

Telecopie (1) 60-79-20-45 Telex – PUF 600 474 F –

Compte cheques Postaux 1302 – 69 C. Paris.

  1. Rivista de Studi Politici Internazionali – Trimestral

50121 Firezze, Sungarno Del Tempio, 40 – Tel. 666384 – C/c postal 21972500

– Part. IVA 032 06810487.

Recapito Romano: 00165 Roma, Via Gregório VII, 500

Tel. 6637697 e Tel. Fax 66.29564.

  1. International Political Science Abstracts

Documentation Politique Internationale

27, Rue Saint. Guillaume – 75337 Paris Cedex 07 – France

Fax: (33) (1) 422-23764

  1. Rivista de la OIM sobre migraciones em America Latina – Trimestral.

Av. Pedro de Valduro 1218 – Casinha 781 – Santiago, Chile

Tel. (562) 274-6713   – Telex 440 410 CIM-CZ

  1. The International Speectator – Trimestral.

Editoriel Office – Via Ângelo Brunetti – 9

(Palazzo Randinini), 00186  Roma

Tel(06) 322-4360  – Fax (06) 322-4363

  1. Revue du Marche Commun et de L’union Euoée

3, Rue Soufflot, 75005 Paris

Tel (1) 46-34.10.30   –   Telecopie (1) 46-34.55.83

  1. Studia Diplomatica – Bimestral

CC.P. de l’I.R.R.I.

Rue Belliard 65 1040 Bruxelles

Tel. 230-22.30   –   Fax 230-52.30

  1. Relazione Internazionale – Trimestral

Sede Central – Verona – Piazza Nogara, 2

Tel. (045) 867-5482 – Fax 867-55.97

ANEXO IV

Bibliografia Argentina

Storia

S.Amaral, “Rural Production and Labour in Late Colonial Buenos Aires”, in: Journal of Lattin American Studies, vol. 19(2), 1987, pp. 235-278

F.Fiorani, I paesi del Rio de la Plata. Argentina, Uruguay e Paraguay in età contemporânea (1865-1990), Firenze,Giunti, 1992 pp. 188

R.Garcia Heras, “Hostage Private Companies Under Restraint: British Railways and Transport Coordination in Argentina During the 1930s”, in: Journal of Latin American Studies, vol.19(1),1987,pp. 41-67

R.Munck, “Cycles of Class Struggle and the Making of the Working Class in Argentina, 1890-1920”, Journal of Latin American Studies, vol 19(1), 1987, pp. 19-39

D.Rock, Argentina 1516-1987. From Spanish Colonization to Alfonsin, Berkeley, University of California Press, 1987, pp. Xxx.511.

J.Schvarzer, “The Argentine Riddle in Historical Perspective”, in: Latin American Research Review, vol.27, n.1, 1992. pp. 169-181

T.Whigham, “Cattle Raising in the Argentine Northeast: Corrients, c. 1750-1870”, in: Journal of Latin American Studies, vol.20(2), 1988, pp. 313-335

Situazione política

M.Abregù, “La violencia policial em Argentina”, in: Nueva Sociedad, gennaio-febbraio 1993, pp.68-83

  1. Cheresky, “Argentina, uma democracia a la busqueta de su instituicion”, in: Revista Europea de Estúdios Latinoamericanos y Del Caribe, n. 53, december 1992, pp. 7-46

J.E.Corradi, Uma repubblica in bilico. Economia, società e política in Argentina, Milano, Unicopli, 1988, pp.233

C.A. Fará. “La campagna electoral de 1991 em la Argentina: el rol de la estabilidad”, in: Contribuiciones, n. 1, 1992,pp. 137-141

C.Fara, “Propuestas programática y grandes temas de la campana electoral Argentina de 1991”,in: Contribuiciones, n. 1(33), enero-marzo 1992,pp. 137-141

A.Fontana, “Argentina. Situacion política y social”, in: Situacion Latin Americana n.12, 1992, pp. 27-33

A.Fontana, “Argentina. Situacion política y social” in: Situacion Latin Americana n. 13, 1993,pp.34-40

Irela, Argentina: um milagr?. Um informe de Irela, Madrid, Irela, 1993, pp.11

C.Menem, (intervista com), “Um miracle argentine”, in: Politique Internacional, n.58, 92/93

V.Palermo, “Programas de ajuste y estratégias políticas: Lãs experiências recientes de la Argentina y Bolívia”, in: Desarrollo Econômico, vol.30, n 119, 1990, pp.333-366

  1. Sidicaro, “Lê transformations politiques em Argentine (1987-1989)”in: Problemes d’Amerique Latine, n.95, 1º trimestre 1990,pp.3-22

J.Zaverucha, “The Degree of Military Political Autonomy During the Spanish, Argentine and Brazilian Transition”, in: Journal of Latin Americam Studies, n.2,vol.25,1993,pp.283-300

Relazioni Internazionale/Politica estera

A.B. Bologna, Dos modelos de insercion de Argentina en el mundo: las presidencias de Alfonsin y Menem, Rosário, Cerir, 1991 pp.95

A.Busso, La política exterior Argentina hacia Estados Unidos (1989-1993): reflexiones para su analisis, Rosário, Cerir, 1993, pp.79

  1. Cavallo, (intervista com), “Argentine: la diplomatie au secours de l’economie”, in: Politique Internacionale, n.47, 1990,pp.393-399

A.Frohman, Actores privados y estatales em la relacion Argentina-Estados Unidos,Rosário,Cerir, 1989,pp.57

D.A.Laporte Galli, “Luces y sombras em las relaciones entre la Comunidad Europea y Argentina”, in: Afers internacionales, n.23/24, 1992,pp. 115-138

J.S.Levy and L.I.Vakili, Diversionary Action by Authoritarian Regimes: Argentine in the Falklandes/Malvinas Case, in: M.I. Midlarsky(ed), The Internationalization of Communal Strife, London, Routledge, 1992, pp. 118-149

R.Russel, Las relaciones de Argentina con Europa occidental, Madrid, Irela, 1991 pp.70

R.Sidicaro, “1898-1992: fine di un’Argentina o nascita di uma nuova?”, in: Andes, n. 17, aprile 1993, pp. 19-31

C.Soukianian, “La politique exterieure argentine pour lê decennie 90. Trois scenarios possibiles”, in: Etude Internationales vol.xxi,n.2,n.23/24,1992,pp.313-324

A.van Klaveren, “Democratization y política exterior: el acercamiento entre Argentina y Brasil”, in: Afers Internacionals, n.18,pp 13-44

M.Abregù, “La violência policial em Argentina”, in: Nueva Sociedad, gennaio-febbraio 1993, pp.68-83

J.Bunel, “L’action syndicale dans l’entreprise em Argentine”,in: Problemes d’Amerique Latine, n.93, 1º trimestre 1990, pp. 73-86

J.Fisher, Mothers of the Disappeared, South End Press, Boston, 1989, pp.168

A.Moran, “Campos de accion para profundizar la conciencia ambiental en Argentina”, in: Contribuciones, n. 1, vol. 37, 1993, pp.21-28

M.F.Prévot-Schapira, “Pauvreté, crise urbaine et émeutes de la faim dans lê grand Buenos Aires”, in: Problemes d’Amerique Latine, n.95, 1º trimestre 1990, pp. 51-72

P.Ranis, “View from Below: Working-Class Consciousness in Argentina”, in: Lain America Research Review, vol. 26, n.2, 1991,pp.133-156

K.Robert, H.R.Gutierrez, “Argentina. Where Youth is a Crime”, in: Reporto n the America’s, n.3, 1992, pp. 12-15

Word Bank, Argentina. Social Sectors in Crisis, Washington D.C.,1998, pp.xii,104

Economia

R.Aguilar, E.Giorgi, R.Tansini, M.Zejan, “La capacidad de pago de la deuda externa> Un estudio empi’rico sobre la Argentina y el Uruguay”, in: El Trimestre Economico, vol.1v, (2), n.218, 1988,pp. 319-344

E.Amadeo, “Lê Plan ‘Austral’: ajustement ou changement structurel”, in: Revue Tiers-Monde, tome xxviii, n. 109, 1987, pp. 157-172

M.Angel Abdala, “Privatizacion y cambios en los costos sociales de la inflacion: El caso de ENTel Argentina”, in: Desarrollo Economico, n. 127, vol. 32, 1992, pp. 357-380

“Argentina”, Survey, in: Financial Times, 14 may, pp.6

C.A.Barrera, “Del Plan Austral al shoock estructural. Ajuste y desajuste en Argentina”, in: Nueva Sociedade, marzo-abril 1987, pp. 130-140

R.Bisang, M.Fuchs y B.Hosacoff, “Internacionalizacion de empresas industriales argentinas”, in: Desarrollo Econômico, n. 127, vol.32, pp. 323-356

M.I.Blejer, N. Liviatan, Fighting Hyperinflation: Stabilization Strategies in Argentina and Israel, 1985-86, Staff Papers, vol. 34, n.3, 1987, pp. 409-438

J.E.Corradi, Una Republica in bilico. Economia, societa’ e política in Argentina, Milano, Edizioni Unicopli, 1988, pp.233

R.Cortes Conde, Growth and Stagnation in Argentina, in: S.Teitel(ed), Towards a New Development Strategy for Latin América, Washington D.C., IDB, 1992,pp.xii,403

L.R.Cuccia, F.H.Navajas, “Argentina: Crisis, politicas de ajuste y desarrollo agrícola, 1980-1985”, in: Revista de la Cepal, n. 33, 1987, pp. 81-88

M.Damill, S. Keifman, “Liberalización Del comercio em uma economia de alta inflación: Argentina 1989-91”, in: Pensamiento Iberoamericano, n. 21, enero-junio 1992, pp. 103-128

J.A.Delfino, “Câmbios em la productividade y estratégia de crecimiento. El caso argentino durante el período 1955-1973”, in: El Trimestre Econômico, vol. 1v(2), n. 218, 1988, pp. 289-318

C.Diaz Alejandro, No Less than one Hundred Years of Argentine Economic History plus Some Comparison, in: G.Ranis(ed), Comparative Development Perspectives, Westview Press, 1984,pp. 328-361

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ANEXO V

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Luciara Silveira de Aragão e Frota

● Coordenadora do NEHSC Fortaleza ● Membro do Conselho Editorial deste site

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