Pequena História do Chocolate
Há cerca de 250 anos, o famoso botânico sueco Lineu, introduziu a ordem sistemática de classificar as plantas. Ele escreveu 180 livros sobre as plantas, o primeiro dos quais em1729. Em palestras e conferências sobre as maravilhas das plantas e flores, deu-lhes nomes latinos, denominações que permaneceram como nomes científicos para muitas das espécies botânicas.
Batisou a árvore do cacau, fornecedora dos grãos para o chocolate, de “Theo-broma” – em latim , “Alimento Divino. Para alguns cientistas, originariamente, o cacau surgiu nas florestas da região da Amazônia brasileira ou na região do Orinoco, na Venezuela Conta-se,inclusive, que em sua 4ª viagem à América, Cristóvão Colombo conheceu os grãos de cacau, mas não foi informado de seu uso entre os naturais da terra.Assim,o crédito ppela descoberta do cacaueiro para os europeus coube ao cruel conquistador do México – Hernando Cortez. Chegando ao México (1519), com intenções aparentemente pacíficas de desenvolver o comércio, foi recebido como um deus, tendo-lhe sido feitas todas as honras por Montezuma, o imperador asteca . O Imperador era apreciador do chocolate já tomado como uma bebida especial, em copos de ouro renováveis.
Hernando Cortez mais tarde aprisionou e matou o imperador e efetuou a conquista do México para a Espanha. No seu retorno, em 1528, Cortez levou ao rei, grãos de cacau e apresentou o chocolate líquido. A Espanha tornou-se assim, o primeiro país da Europa onde o chocolate quente tornou-se uma bebida difundida entre os aristocratas e depois para o povo em geral. Durante cerca de 100 anos A Espanha manteve, desse modo o monopólio do comércio de grãos de cacau, por cerca de 100 anos
Os grãos de cacau foram usados como dinheiro pelos astecas podendo um escravo, por exemplo, ser comprado por cem deles. O cacaueiro foi levado para as regiões capturadas como Trinidad e Haiti na América Central, e para a ilha Fernando-Po, na costa da África Ocidental. Daí seguiu para quatro países do continente africano; Costa do Marfim, Gana, Nigéria e Camarões, hoje, líderes mundiais do produto.
Mais tarde, os ingleses fizeram o plantio em suas plantações nas Índias Ocidentais, após a captura de algumas dessas ilhas espanholas, como Trinidad e Jamaica. O sucesso foi tamanho que em 1700, em Londres as “Casas de Chocolate” começaram a competir com as “Casas de Café”.Com a revolução Industrial e a invenção de diversas máquinas a produção em massa, além de tornar os produtos mais baratos, popularizou o chocolate. A produção de chocolate na Inglaterra alargou-se ao Novo Mundo onde, em 1765, foi fundou-se a primeira fábrica de chocolate em Massachusets, então colônia inglesa na América do Norte hoje chamada de Nova Inglaterra.
Os holandeses também plantaram cacau nas suas colônias no Extremo Oriente, bem como, nas ilhas das Índias Orientais onde hoje se situa a atual Indonésia. A reconhecida vocação comercial holandesa, com o tempo tornou Amsterdã o grande centro de importação de cacau na Europa. Esta posição de vanguarda vem se mantendo até os dias atuais, pois cerca de 20% da produção mundial de cacau passa por Amsterdã. A metade destina-se ao fabrico do seu próprio chocolate, e a outra metade para os outros países europeus..
Contudo, foi só em 1828, que se descobriu um método de extração da gordura dos grãos de cacau moídos, transformando-os em manteiga de cacau. Um fabricante holandês de chocolate, Conrad van Houtten, conseguiu pressionar o líquido separando-o de pedaços sólidos. Depois de moído, o cacau transformou-se num pó facilmente dissolvível na água quente. Surgiu o cacau em pó utilizado em nossos dias nas artes culinárias e como uma bebida acrescida de água ou leite, mas uns 20 anos depois, cerca de 1850, a Fry and Sons uma firma inglesa, mais tarde associada a famosa Cadbury , iniciou a produção de chocolate com manteiga de cacau e açúcar. Note-se, porém, que o hábito atual de consumo do chocolate em barras e bombons ou em pedaços só se tornou conhecido depois de 1875. Na verdade a esta descoberta liga-se a fama atual do chocolate suíço, pois eles foram inovadores e criaram a barra de chocolate ao leite. Em 1875, um fabricante suíço de chocolate barra, usou o leite fresco desenvolvendo uma deliciosa novidade. A partir de então, numerosas fábricas de chocolate em diversos países desenvolveram variados tipos de chocolate – doce, meio-doce, amargo, com leite ou sem leite, com ou sem a adição de nozes, licores, cerejas e outras frutas buscando para satisfazer aos mais diversos paladares.
Bem aceito nas numerosas culturas, os chocolates casher também são fabricados – chocolate milchik (ao leite) “Chalav Yisrael” e parve, para que as crianças e adultos judeus possam apreciá-lo. O chocolate une corações no dia dos namorados, no Natal, nos dias festivos de ação de graça e de celebração da vida dos nossos pais. È uma berachá (bênção), e agradecemos ao Senhor a sua descoberta traduzida na palavra Hashem “por cuja palavra tudo veio a existir”. Em conjunção, certamente, a bênção, um alimento para a alma, liga-se á soma de energia e a alegria produzida pelo chocolate no nosso corpo.