Apelo à ONU
Vocês sabiam que o CIR – Conselho Indigenista de Roraima (criado pelo CIMI), já encaminhou à ONU pedido de “proteção” das lideranças indígenas da Raposa Serra do Sol? O CIR pede que a ONU interfira num problema interno brasileiro, como se ela fosse entidade superiora e reguladora da vida nacional.
O problema para o qual os venho alertando, de uma possível interferência, quer seja da ONU ou de alguma potência estrangeira, nesse assunto da Serra do Sol, está acontecendo. O pior é que de acordo com uma emenda (de 2004)da Constituição Nacional, qualquer decisão da ONU, sobre assuntos de direitos humanos, quando referendada pelo Congresso, por maioria simples, torna-se parte da Constituição Nacional, como se fosse uma emenda da própria Constituição. Passaremos então a ser governados pela ONU ! Com base na decisão da ONU, na sua “Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas” (12/09/2007), de que os indígenas têm direito a autonomia em seus territórios, os índios, não apenas brasileiros, mas de outros países sul americanos, já estão reivindicando não só autonomia mas também independência. Assim,o chefe Edson Alves Macuxi, dos macuxi de Roraima, já afirmou, na semana passada, que se o Supremo Tribunal não decidir favoravelmente a questão da Serra do Sol, ele juntará 5 mil guerreiros e expulsará os “brancos” da reserva. Sem dúvida ele está se apoiando em promessas de estrangeiros, de interferir via ONU, ou mesmo com o poderio de nações estrangeiras.
O mesmo está contecendo na Bolívia, onde os índios estão exigindo a recuperação de todas as terras dos “Qhara Qhara”, que é todo o território da chamada “meia lua”, de terras que incluem as províncias que hoje são da oposição a Morales (Santa Cruz de la Sierra, Beni, Pando e outras). Sem dúvida esse é um plano de Evo Morales, na Bolívia, para ameaçar essas províncias, que querem autonomia.
Ocorre que o plano de Evo é baseado nesse mesmo princípio, declarado pela ONU, o qual estamos a ponto de referendar no Congresso Nacional,por voto simples majoritário, e não de 2/3 do Congresso, como exigeria uma mudança constitucional.
Essa loucura, de referendar essa decisão da ONU, poderia dividir o Brasil em pelo menos 230 países, pois esse é o número de territórios indígenas já votados pelo Congresso. As pessoas não parecem estar entendendo o que está ocorrendo, quer seja por ignorância dos eventos, ou por não entendê-los mesmo. Aliás a imprensa não tem alertado a nação sobre esse perigo. Por que?
Aqui fica o meu brado de alerta: fiquem de olho bem aberto, que por aí vem fogo.
O Brasil, se isso ocorrer, vai mesmo ser parte de uma América Latrina, dividido em centenas de países de meia tigela.