Zeppelin Stowaway
David Gueiros Vieira Filho, economista da OEA, em Washington, escreve para o público infantil – especialmente suas filhas e sobrinhos – bem como para o público em geral. Ficou interessado no assunto do Zepelim – que ilustra a capa de seu último livro, intitulado “The Stowaway” – quando seu pai, o historiador David Gueiros Vieira, descreveu para ele suas lembranças infantís, de 1935, quando viu um Zepelim voando sobre o Recife. O Recife tinha então uma base de Zepelins, o chamado “Campo de Jiquiá “, hoje recuperado como ponto turístico.
A história do penetra (stowaway, em inglês) realmente ocorreu, de acordo com o livro de Douglas Boting, intitulado “Dr. Eckner’s Dream Machine” (Henry Holt Co., 2001). Há no livro de Boting uma revelação interessante para os brasileiros: Getúlio Vargas voou do Recife ao Rio em um Zepelim, passando então a demonstrar grande admiração pelos nazistas, que se tinham apoderado da idéia como se a mesma fosse deles.Recife foi base de Zepelins em vôos comerciais Lisboa-Brasil.
Na realidade, assevera Boting, os nazistas não tinham interesse no Zepelim, por não ser ele uma efetiva arma de guerra, mas usaram-no como arma de propaganda.